quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

POLEMON II (38-64)

Marco Antônio Polemon Pitodoro, também conhecido como Polemon II do Ponto, e Polemon da Cilícia foi príncipe e o último rei do Ponto, Cólquida e Cilícia. Era filho do Rei Polemon I e da Rainha Pitodoris e era bisneto de Marco Antônio sendo seu único descendente masculino conhecido que traz o seu nome. Por ser descendente de Antônio, Polemon II era aparentado com o cônsul romano Quinto Hatério Antonino, com a Rainha Cleópatra Selene II da Mauritânia e seus filhos o Rei Ptolomeu e a princesa Drusila da Mauritânia; foi também primo distante dos imperadores romanos Calígula, Cláudio e Nero e das imperatrizes Valéria Messalina, Agripina, a Jovem, e Cláudia Otávia. O imperador romano Calígula quis reunir o reino de Ponto e o reino do Bósforo, sob a tutela do rei Polemon II. Porém, os bosforanos se revoltaram, não querendo um rei estrangeiro. Isso levou o imperador Cláudio (41-54), o sucessor de Calígula, a renunciar ao projeto de reunificação. Polemon II decidiu atacar o Bósforo, mas sua ação foi neutralizada por Roma e Mitrídates III foi confirmado no trono bosforano. Em troca, Polemon recebeu a região da Cilícia, no sul da Ásia Menor. Abaixo moeda do reinado de Polemon II.


Entre 17 e 38, Marco Polemon viveu como nobre cidadão pôntico assistindo sua mãe na administração de seus domínios. Quando da morte dela, ele a sucedeu como rei do Ponto, Cólquida e Cilícia. Aproximadamente em 50, Polemon foi atraído pela prosperidade e beleza da princesa judia Júlia Berenice com quem quis casar-se. Berenice também quis casar-se com Polemon II para terminar com os rumores que ela e seu irmão Herodes Agripa II cometiam incesto, repararando assim a sua reputação. Polemon encontrou Berenice em Tiberíades durante uma visita ao Rei Agripa I. Berenice era viúva de seu tio paternal, Herodes de Cálcis, de quem teve dois filhos: Bereniciano e Hircano. Polemon aceitou casar-se com Berenice sob a condição de adotar o Judaísmo como religião, o que incluiu sua circuncisão. Depois Polemon casou-se com Berenice e tornando-se padrasto de seus filhos. O matrimônio entre Polemon e Berenice não durou muito e foi dissolvido. Berenice deixou o Ponto com seus filhos e voltou a corte de seu irmão na Judéia. Polemon abandonou o Judaísmo e, segundo a Lenda do Apóstolo Bartolomeu, ele aceitou o cristianismo, mas tornou-se pagão novamente. Polemon renomeou a cidade de Fanizan (nome da filha de Farnaces II) e chamou a cidade em referência a si mesmo: Polemonion (atual Fatsa na Turquia). Em 62, o imperador Nero induziu Polemon a abdicar do trono do Ponto e da Cólquida, os quais tornaram-se províncias romanas. De 62 até a sua morte, Polemon só governou a Cilícia. O Polemon nunca se casou novamente e não teve filhos. Abaixo moeda que traz as efígies de Polemon II (esquerda)e Nero (direita.)

Em 69, estourou uma revolta anti-romana mal sucedida no Ponto liderada por Aniceto. Outrora um liberto do Rei Polemon II, Aniceto comandou a esquadra real até que o Ponto fosse convertido em uma província romana sob Nero. Durante a guerra civil depois da morte de Nero, Aniceto juntou-se ao concorrente imperial Vitélio e conduziu uma insurreição geral contra Vespasiano no Ponto e na Cólquida. Os rebeldes destruíram a frota romana (Classis Pontica) em um ataque súbito em Trapezo e logo entregaram-se à pirataria usando um tipo do barco conhecido como camarae. A revolta foi, contudo, suprimida pelos reforços romanos sob Vírdio Gemino, um tenente de Vespasiano. Aprisionado na boca do rio Cohibus (agora rio Khobi localizado na Geórgia ocidental), Aniceto foi entregue aos Romanos por membros de tribos locais e morto. Quando da abdicação forçada de Polemon no ano 62, Nero dividiu o país em três províncias: Ponto Galático, a oeste; Ponto Polemoníaco, no centro; e Ponto Capadócio, a leste. Em 295, Diocleciano estabeleceu quatro províncias: Paflagônia, Diosponto, Ponto Polemaníaco, e Arménia Menor. Severo Alexandre uniu-o à Galácia numa só província, desde 248 até 279. No início do século IV, voltou ao sistema de duas províncias: Diosponto e Ponto Polemaníaco, permanecendo assim até ao Império Bizantino.
Abaixo, a evolução do Reino do Ponto de Fárnaces I (183 a.C.) até a queda de Mitrídates VI, o Grande (63 a.C.)
Abaixo o Ponto nos dias do Imperador Diocleciano (início do século IV).



FONTE: Wikipédia. Versão em inglês.

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